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2 de mar. de 2012

Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão - Padre Antonio Queiroz



SEXTA FEIRA


Neste Evangelho, Jesus nos pede com veemência que nos reconciliemos com todos. Reconciliação é o perdão levado à prática, um perdão mais profundo e duradouro.
“Quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma mágoa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.” Isso porque “tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25). Deus não quer receber dois tratamentos de nós: a ele presente no altar e a ele presente no nosso irmão.
O amor fraterno e a reconciliação são condições prévias para um culto autêntico a Deus. Por isso, o sacramento da confissão está orientado para a Eucaristia, ela mesma tem, no início, o ato penitencial. “Irmãos, reconheçamos as nossas culpas para participar dignamente dos santos mistérios”, diz o presidente da celebração, antes do ato penitencial. “Amar a Deus e ao próximo vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios” (Mc 12,33). Entretanto, é uma tentação constante para nós a separação entre o culto e o amor fraterno, o rito e a prática da justiça. Inclusive a expressão popular “católico praticante” não inclui a caridade e sim o culto.
“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.” Jesus se refere ao conceito de santidade que tinham os chefes judaicos. Aquele jeito de buscar a santidade, diz Jesus, não alcança o nível requerido para pertencer ao Reino de Deus, porque é muito formalista, é exterior, e não vai à raiz, às atitudes, ao coração.
“Vós ouvistes o que foi dito: Não matarás... Eu porém vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo.” Na verdade, Jesus não mudou as Leis antigas, apenas mudou a maneira de interpretá-las. Ele olha o espírito da Lei. “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para levá-las ao seu pleno cumprimento” (Mt 5,17).
As Leis do Antigo Testamento vieram de Deus, que é nosso Pai amoroso. Devemos ir além das palavras, da letra, e chegar ao espírito da Lei, isto é, à intenção do legislador ao dar a Lei. Quando amamos uma pessoa, nós lemos no coração dela o que suas palavras não conseguem expressar. Jesus fazia isso ao ler o Antigo Testamento. E nós também devemos fazer em relação a toda a Bíblia e a todas as leis.
Por exemplo, olhando o mandamento: “Não matarás”, nós percebemos que o que Deus quer é que não façamos mal nenhum ao próximo, inclusive não xingá-lo nem nos encolerizar com ele.
Deus é um grande pedagogo. Ele respeita a lei do crescimento, que está na natureza humana. Antes de dar uma lei mais forte, ele dá uma mais fraca, como escada, como treinamento, para a pessoa chegar até ao que ele realmente quer.
“Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal.” Todos nós estamos caminhando rumo ao tribunal de Deus, junto com parceiros e adversários. Cada dia que amanhece é uma nova chance que Deus nos dá para nos reconciliarmos com os adversários, porque, quando estivermos diante do tribunal de Cristo, não haverá mais tempo de reconciliação. E lá no céu não entram inimigos nem adversários um do outro! Lá só entra quem estiver unido e unida a todos, sem exceção.
Com a vida eterna não se brinca. Não podemos deixar para amanhã a solução de problemas que podem interferir no nosso julgamento final!
“Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. É uma referência indireta ao Purgatório, onde ficarão por um tempo as pessoas que eram boas na terra, mas morreram com dívidas com Deus, isto é, com desuniões não reconciliadas, com Deus ou com o próximo. No céu só entra gente totalmente santa. Entretanto, “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (1ª Leitura). O Purgatório é mais um sinal do grande amor de Deus por nós. Ele nos quer todos junto dele eternamente, por isso descobriu um jeito de o conseguir: criando um estágio de purificação após a nossa morte. Assim, fica salva também a sua justiça que é infinita.
Havia, certa vez, uma senhora que gostava de, no jantar, em vez de cozinhar, fazer um lanche para o esposo e o filho de dez anos. Em um desses lanches, depois de um dia de muito trabalho, ela colocou na mesa torradas bastante queimadas. O homem pegou a sua torrada, sorriu para a esposa e perguntou ao menino como tinha sido o seu dia na escola. Enquanto isso, ele pegava pedaços de torrada, passava margarina e comia.
Terminados os trabalhos do fogão, a mãe veio e pediu desculpas por haver queimado as torradas. O esposo respondeu: “Amor, eu adoro torrada queimada”.
Mais tarde, naquela noite, antes de dormir o garoto perguntou ao pai, longe da mãe, se ele gostava realmente de torrada queimada. Ele abraçou o filho e disse: “Companheiro, sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Precisamos aceitar as falhas alheias, relevando as diferenças entre um e outro. As pessoas se esquecem do que lhes dizemos, mas nunca se esquecem do modo como as valorizamos e acolhemos.
A mãe não costuma guardar rancor dos filhos, nem se vingar deles, porque ela é símbolo do amor de Deus. Que Maria Santíssima, a Mãe das mães, nos ajude a nos reconciliarmos com todos.
Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.




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