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8 de fev. de 2012

“Jesus Cura um Leproso” – Claudinei M. Oliveira




Domingo, 12 de fevereiro de 2012
EvangelhoMc  1,40-45
            Na caminhada litúrgica da nossa igreja encontramos momentos de oração, direcionamento  e atitude diante dos obstáculos. Na frente, sempre nos abastecendo da fé incessante, está a pessoa de Jesus. Homem com fibra que caminhou junto com o povo subjugado mostrando horizontes de superação. Na mesma caminhada, sentindo a mesma dor e almejando a esperança de dias felizes Jesus incentivou todos aqueles que juntavam ao seu redor para admirá-lo e ouvi-lo.
            Na verdade o que  esperava era novo tempo de transformação, tempo de renovação onde houvesse nova páscoa para todos. Neste Reino construído sob o manto de Jesus a sociedade seria justa e fraterna. Os males que atormentavam o homem no seio da sociedade machista e dualista seriam banidos para sempre. Ainda neste novo Reino a libertação seria atitude de um povo que viveria a plena liberdade.
            Nos ensinamentos de Jesus os caminhos apontados sempre alimentavam verdadeiros paraísos: ar puro, lugar seguro, dignidade plena, amor sem limite, paz, unidade, fraternidade e alegria de viver num grupo com honra a bondade de Deus. Jamais Jesus expressou a discriminação por doenças, pobrezas, sexo ou crenças. Entretanto, os homens de bens, usando sua fama, não permitiam que um leproso, por exemplo, convivesse no ciclo social. Era banido do convívio humano, jogado fora, excluído ou descartado como lixo. Jesus ficava irado com  atitudes animalescas de alguns homens. Como pode, imaginava Jesus, irmãos descartarem o outro como se fosse objeto sem valor? Como pode não enxergar alguém que corre nas veias sangue do mesmo sangue? Como pode ser avarento ao ponto de estropiar convivas do mesmo ser? Jesus, não suportava as pressões dos poderosos  sobre os irmãos marginalizados.
            Tanto que o homem ferido, ou seja, com lepra, manifestou o desejo da cura. Sabe que Jesus tem o poder de curar as feridas. Somente Jesus com tanta compaixão pode libertá-lo da dença. Mas esta atitude contrariava os sacerdotes guardiãs da pureza. Veja que loucura: se uma pessoa contraísse a dita lepra, o sujeito era considerado IMPURO, logo, ninguém, de bem, poderia tocá-lo no enfermo. Caso fizesse a gentileza de tocar no doente, tornaria IMPURO também. Por isso  os leprosos eram excluídos do convívio social. Para evitar que alguém, por razões indesejadas, viesse tocar no infeliz e, por conseguinte, ficasse pecaminoso.
            Jesus imediatamente curou a lepra do homem e pediu severamente que saísse daquele lugar e não contasse para ninguém, a não ser ir até ao sacerdote pedir a purificação. Era uma maneira de Jesus continuar no anonimato para evitar perseguições dos poderosos. Neste momento a vida pública do Mestre já estava bem alardeada. Por onde passava levantava comoção e admiração. Porém, na sociedade luxuosa Jesus não era bem vindo. Até que tinha bom trânsito, mas corria sérios riscos de ser preso ou morto  pelas idéias revolucionárias.
            Mas o homem livre da lepra não se conteve e soltou a boca no trombone.Falou para quem quisesse ouvir que ficou livre do encardido da lepra. Foi uma felicidade completa. Claro que qualquer um faria alardeamento do fato. Pensa comigo: depois de tantos sofreamentos, tantos descasos, tantos horrores, tantos desprazeres, encontrar a salvação, ou seja, libertou para viver em sociedade! Nada poderia segurar a satisfação e alegria.
            Sem sombra de dúvidas muitos homens e mulheres continuam no mundo de hoje presos as moléstias  sádicas da vida. São pessoas que não tiveram a coragem de ir até a igreja e pedir com fé a libertação de tantas doenças degenerativas como a ganância, o ódio, o rancor, o mal-estar, a falta de compreensão, a idéia da discriminação, o falatório da vida alheia, a ignorância e a cobiça entre outras doenças piores como a pedofilia, traição, assassinatos, aborto, etc...  Libertar destes males e outros conduzem dignidade eficácia para o cristão. Ademais, ele acreditou na igreja e fez a igreja viver em seu ser para sempre. Quando o leproso foi até Jesus pedir a cura, mostrou sinal de confiança e fé Naquele que tudo pode  que é Jesus; nós devemos confiar na igreja que professamos e entregar de corpo e alma o desejo de libertar para nova páscoa feliz. 
            Todavia, quando ouvimos na leitura de 2 Reis o sujeito Naamã pedir libertação  da carne para o profeta Eliseu e o mesmo enviar o mensageiro dizendo: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e tua carne será curada e ficarás limpo”, ele não acreditou no primeiro momento. Não foi com muita fé como fez o homem com a lepra. Naammã desdenhou do profeta. Como pode, não veio atender, mandou um mensageiro, agora tenho que ir até o Jordão para receber as graças, porque não pode ser nos rios Abana ou o Farfar de Damasco? Suas águas não contem o mesmo segredo. Quanta agonia! Precisou de seu servo advertir e cumprir o pedido do profeta Eliseu. Olha que Naamã fez como foi ensinado: mergulhar nas águas do Jordão sete vezes. No final da leitura descreve que sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado.
            Ás vezes acontece com a gente estas presepadas. Pedimos a cura e a libertação de alguns males. Pensamos que tínhamos fé a ponto de receber a graça desejada, mas duvidamos de nós mesmos. Não acreditamos naquilo que fazemos ou pedimos. Outras vezes, gostaríamos que o pedido fosse realizado no estalar de dedos, porém, nem sempre a vontade de Deus é a nossa vontade. Quem sabe, Ele tem um plano especial para nós!
            Para completar nosso pensamento veja que Paulo escreve na Carta aos Coríntios: fazei como eu, que procuro agradar a todos em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos. Devemos pensar na totalidade da sociedade e não tão somente na pessoa. Quem pensa somente em si torna-s egoísta e acaba rejeitando outros irmãos.  Não recebe do Pai a gratidão necessária. Naamã não pensou na coletividade, não alardeou a cura, fez pouco caso do profeta ao enviar o mensageiro com a ordem. Assim, Naamã escandalizou-se com a atitude do profeta.
            Paulo ainda adverte a  comunidade de Coríntios: não escandalizeis ninguém. Todos devem ser reconhecidos na praticidade da justiça e no amor. Caso contrário não será digno de entrar na morada eterna do Pai. Termina a Carta afirmando: sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.
            Temos um convite antigo, mas bem contemporâneo. Devemos seguir  Cristo, alimentar da Palavra que cura e libertar dos males que atormenta. Neste convite aparece a crença no Filho do Homem que veio mostrar verdadeiros caminhos de justiça.
            Portanto, a cura do leproso, a cura da carne de Naamã e o seguimento a Palavra Sagrada não escandalizada nos convergem para ação da justiça e da fraternidade. Aquele que crê no Senhor e pede suas bênçãos matura na estrada do céu e leva-o consigo multidão de novas almas sedentas por um Reino encantado. Libertemos de todos os males e buscamos o Deus da cura na igreja verdadeira, a igreja de Cristo Ressuscitado. Amém!
Felicidades, Claudinei M. Oliveira.

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