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21 de nov. de 2011

UMA VIAGEM NO UNIVERSO DAS “FLORES”! - OLÍVIA


 

 

Era uma manhã fria de inverno!

Numa cidadezinha ao pé da serra, ainda coberta pela neblina, um jardineiro, com uma enorme tesoura na mão, entrou pelo portão de um imenso jardim e começou a fazer a poda das plantas.

A roseira era a que mais sofria, sua poda era sempre mais drástica, afinal, como rainha de todas as flores, ela precisava ganhar mais forças, para continuar merecendo a honra de sua majestade!

A princípio, o jardineiro parecia impiedoso, não poupando sequer os galhos onde havia algumas flores miúdas! Na sua sabedoria, ele reconhecia que a poda, apesar de doída, era necessária, pois  somente com a retirada dos galhos fracos e das folhas secas, as plantas ganhariam uma nova roupagem para entrarem mais belas na primavera!

Conhecedor do segredo de cada flor, o jardineiro caminha  por entre os canteiros com muito cuidado, para não despertar as begônias, os lírios, as palmas e muitas outras plantas que adormeciam durante o inverno, aguardando as primeiras chuvas que lhes daria o impulso para romper a terra e mostrar os seus encantos!  Bem próximo à fonte, onde brotava a água que irrigava o jardim, um lírio havia conseguido vencer todas as adversidades do inverno,  brotando entre as trincas das pedras! Graças aos respingos das gotas de água, sopradas pelo vento em sua direção, ele conseguia manter-se bonito e perfumado!

Seu perfume era suave e as suas pétalas douradas ganhavam mais brilho, ao receber os raios do sol refletidos nas gotinhas de orvalho!

Contemplando tamanha beleza, o jardineiro imaginou aquele lírio enfeitando e perfumando algum lugar sombrio!  

Lembrou das salas sombrias de um imenso palácio, que ficava bem no topo da serra!  

No dia seguinte, bem de manhãzinha, ele retirou o lírio com muito cuidado para não ferir suas raízes e o transplantou em um belo vaso grande. Contratou uma linda carruagem, e ao cair da tarde, antes do por do sol, o lírio de pétalas douradas já estava a caminho de sua nova morada. Foi uma tristeza geral no jardim, as poucas florzinhas  que ainda resistiam as durezas do inverno, não conseguiram conter suas lágrimas vendo a carruagem que levava o amigo, desaparecer na curva da estradinha!

No palácio, o lírio foi colocado bem próximo à janela, de onde poderia receber a luz do sol todas as manhãs, através das vidraças e  os olhares encantados de  todos que passassem por ai!

Cuidados, não lhe faltava, recebia água na medida certa, estava protegido do calor forte do sol, das chuvas contínuas, das picadas dos insetos...

Mesmo parecendo ter tudo, o lírio não se sentia feliz, um imenso vazio invadia o seu coração: era a saudade do tempo que vivia lá no jardim, junto com as outras flores!  Lembrava do abraço gostoso das palmas quando o vento as soprava forte, das conversas ingênuas das margaridas, dos toques suaves das borboletas das reverencias dos beija-flores e até mesmo do zumbido das abelhas!

O jardineiro, que nunca abandonara aquele lírio encantado, observava-o silenciosamente, percebia o seu desencanto, sentia que ele já não exalava mais o mesmo perfume e que suas pétalas já não tinham mais as mesmas cores!

Profundo conhecedor do universo de cada flor, ele compreendeu, que não fazia sentido mantê-lo ali, sabendo que o seu lugar de felicidade, era no lá no jardim, no meio das outras flores!

Movido por um grande amor, o jardineiro, numa bela manhã de primavera, devolveu ao lírio a alegria de viver, de poder misturar suas cores com as cores das outras flores, de estar de volta ao seu lugar!

 

Era uma vez um lírio de pétalas douradas, que só queria ser feliz... 

 

Escrito por Olívia

 

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