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8 de nov. de 2011

“Não enterre seus talentos” – Claudinei M. Oliveira


                                      

Domingo, 13 de Novembro de 2011.

                       

l Leitura Pr  31, 10-13.19-20.30-31; Salmo 127  II Leitura 1 Ts 5, 1-6; Evangelho  Mt   25,14-30

 

 

            As leituras de hoje nos convergem para sermos bons administradores dos talentos recebidos de Deus. Devemos multiplicar os talentos, dons recebidos gratuitos, e em troca, nosso Pai, nos pede a coragem e audácia para realizarmos ações que levem a construção do Reino. Vigilantes com os dons recebidos, elevemos nosso desejo em comunidade à união fraterna e uma vida feliz.

 

            Na primeira leitura do livro do Provérbio a mulher vale mais do que ouro ao seu marido. Isto porque as habilidades a torna eficiente em várias frentes de trabalho. Não esmorece em atender cada vez mais seus dons de trabalho e, além de atender as necessidades básicas da família, atende os necessitados, embora teme ao Senhor seu Deus com toda a fé. Por isso merece louvor e gratidão.

 

            O exemplo a ser seguido perpassa na destreza desta mulher. Com as mãos calejadas, mas de dedos hábeis, encanta Deus com seu feitio. Nós também somos convidados através da Sagrada Escritura a desempenhar honradamente os talentos. São tantas coisas para serem construídas ao anúncio do Reino que não temos como não atender. Somos enviados pelo Espírito Santo através do batismo a sermos esta pessoa de múltiplos talentos. Colocar-se a serviço do Reino e concretizar a missão de Jesus: levar vida e dignidade para todos. A mulher usou muito bem o talento em prol da felicidade e da dignidade do seu povo. Quanto mais executava o serviço, mais habilidades adquiriam.

 

            Envolveu-se de corpo e alma naquilo que expressa a plenitude da Palavra. Ao embeber-se dos dons passa a viver na vontade do Pai. Assim quando estiver realizando algo para atender uma necessidade pessoal, passa a ser a necessidade coletiva. As ações não são para completar os interesses pessoais, mas para completar os desejos de todos. O serviço do Reino atende uma legião de cristãos que buscam uma equidade fraternal, a vivência esta vinculada no projeto único que é o projeto de Deus. A equidade fraternal é vir a ser uma sociedade justa, fraterna e igualitária.

 

            Na segunda leitura de Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses vem a advertência para a vigilância de nossos dias na terra. Não sabemos quando o Senhor voltará para buscar os seus escolhidos. Como uma mulher que sente as dores do parto, não saberá o momento em que a criança irá nascer; não tem mais volta quando as contrações começarem a serem freqüentes. Mesmo sabendo que dará a luz, não tem como saber a hora em que tudo vai acontecer. Para tanto, a mãe prepara o berço, as roupinhas e tudo aquilo que for necessário para não pegar desprevenida. Assim, devemos ficar preparados para a vinda do Senhor. Quando aparecer em nossa frente não terá mais volta. Não adiantará chorar ou lamentar por não ter feito o necessário para ganhar a salvação. Deus já está presente em nossa frente. Então temos que prestar contas, e, Ele vai cobrar: cadê os talentos que te dei? O que fizestes para ganhar o Reino dos céus? Fostes justos com os irmãos? Fostes filhos da Luz realmente, ou agiu como nada estivesse acontecendo? Consegui sair da escuridão? Ouviu atentamente minhas palavras? Ou deu ouvidos para o outro lado, ou seja, ouviu as preces do encardido?

 

            Por isso não desanime com a cobrança de nosso Pai. Ele vai querer que prestamos conta de nossos dons. Não temos como escapar. Caso fôssemos péssimos administradores dos talentos, ou se escondemos do serviço do Reino, a dívida será grande. Agora se fôssemos justos e bons administradores dos talentos, fizemos multiplicar no projeto do Pai, com toda certeza, Deus vai sorrir e dizer: este entendeu o capricho dos dons, foi feliz e trabalhou para o meu povo!

 

            Diante do Santo Evangelho Mateus exemplifica o patrão que viajou e deu os talentos de forma diferente para seus empregados. Na volta cobrou o empenho de cada um. Alguns sobressaíram e dobraram os talentos, outros até que tentaram, mais ficou no mesmo, já um não conseguiu: cavou um buraco e enterrou para não ser roubado. Na verdade este último acovardou-se com o patrão. Foi um péssimo administrador e colocou a perder a oportunidade recebida.

 

            Quantos cristãos que têm dons para fortalecer ainda mais a comunidade, trazer a alegria, a paz, a humildade e a justiça, mas por pequenez e preguiça não conseguiram valer dos talentos que tens. Não acreditaram no potencial e na capacidade disponível para gerir mudança de transformação de um povo ou de uma comunidade. Deixaram tudo a perder. Não tiveram vontade. Acovardaram-se.

 

            Mas aqueles que souberam aproveitar a oportunidade de multiplicar os talentos são aqueles que destemidamente encorajaram diante de seus dons e fizeram valer o batismo. A luz não se apagou e clareou os caminhos de outros que estavam perdidos. Mostraram empenho na caminhada e como a mulher habilidosa da primeira leitura tornaram-se uma jóia para o Senhor.

 

            Embora sinta desconfortável com apenas um dom, não pode esmorecer diante da árdua tarefa. Mesmo sendo um, mas com a confiança e a vontade pode fazer o diferencial. Quantas pessoas que não sabem ler e nem fazer um reflexão espontânea para uma comunidade, mas tem habilidade para ascender a vela no altar. Para Deus é fenomenal, pois ele também serve, faz algo para a comunidade, engrandece de alegria por ascender a vela. Outros têm jeito para limpar a igreja, já outro tem afinidade para visitar pessoas que necessitam de ombro amigo. Cada um tem pelo menos um dom. Este dom deve estar a serviço do Reino, jamais esconder-se, jamais acovardar-se e jamais ser preguiçoso com os talentos recebidos gratuitos de Deus.

 

            Agora se usarmos os talentos para a morte, para massacrar o irmão, para cegar os caminhantes rumo a salvação ou para destruir famílias e pessoas de bem, estaremos usurpando aquilo que Deus nos deus de bom grado. Os talentos devem estar voltados para libertação do irmão. Libertar o irmão é fazer enxergar a realidade divina e cultivar o dom da graça e do Espírito Santo.

 

            Devemos ser o empregado bom e fiel para Deus confiar ainda mais na administração dos talentos. Somos filhos de um Pai que espera em troca a fidelidade, o amor e a compaixão. A este filho foi depositado toda a sabedoria do mundo, foi confiado a esperança de transformar uma realidade hostil em realidade  fértil. Agora não queremos viver no mundo das trevas e do ranger de dentes, mas sim, viver numa realidade construída com amor e alegria.  A morada do homem deve transparecer o aroma da eternidade vivificada no Deus da construção de homens e mulheres com atitudes enérgicas com a defesa da salvação.

 

            Portanto, que nossos talentos sejam multiplicados a partir da oração e das atitudes de cristãos que labutam por uma realidade de paz e amor e que nunca desanime da longa caminhada para a felicidade eterna, amém!

 

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