Evangelho – Jo 2,1-11
Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galiléia. Assim ele
revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele. Foi
com estas palavras que João finaliza o Evangelho de hoje. Mostra-nos a
natureza divina de Jesus e a crença de seus discípulos. Até então
Jesus pregava para multidões e ensinava a viver de modo diferente. Uma
vida de fé voltada para o Pai.
Ao pregar para os excluídos Jesus sempre pedia para abandonar os
pensamentos maléficos, abandonar o pecado e construir uma realidade
vivificadora, onde o homem pudesse viver em harmonia e feliz.
Seus discípulos admiravam o trabalho e a pregação. Tinham confiança e
acreditavam fielmente naquele Homem que semeava palavras de
libertação. Mas foi na festa de casamento que o amor dos discípulos
aumentou.
Ao transformar água em vinho fino e valoroso na festa de casamento é o
sinal da transformação. É o sinal de que a vida que os fariseus
levavam não correspondia com o projeto de Deus. Era uma vida de
aparência, de exagero, de exploração e ilusória.
O melhor vinho foi servido no final da festa. Quem experimentou o
vinho estava experimentando a melhor iguaria, estava experimentando o
novo jeito de viver. Estava diante da aliança do povo de Deus. Jesus é
o Pai que faz o elo entre o povo que precisava de novo rumo com o
projeto de Deus. A festa celebrativa do casamento é a festa da aliança
e da cumplicidade com o mestre.
Maria simboliza a mãe de um grupo de pessoas. Por isso Jesus a chama
de mulher. Somente o marido chamava sua esposa de mulher. Jesus
simboliza o pai, juntamente com a mulher – Maria - faz uma aliança
com seu povo. Mas antes afirma para Maria que sua hora ainda não tinha
chegado, pois sabia que iria morrer na cruz para confirmar a aliança
do nascimento da nova humanidade cristã.
Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta
e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam
nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Os seis potes estavam
vazios. Significa que a relação com Deus era fria e vazia. O amor a
Deus distanciava cada vez mais. A festa estava perdendo o sentido. Ao
enchê-los com água e transformado-a em vinho, Jesus estava dando novos
sentidos para a unidade entre o céu e a terra. A verdadeira utilidade
das leis não se podia convergir à purificação do homem pecador em
favor do próprio homem, mas para a obediência e seguir Cristo, o Deus
encarnado na pessoa de Jesus, formando a trindade.
Contudo os discípulos acreditaram e firmaram sua fé em Jesus. Cabe
também a nós a trocarmos as atitudes velhas por atitudes novas. A
atitude retrograda distancia de Jesus, fica no vazio, recusa o projeto
novo da abundância de Cristo. Enquanto que a atitude nova forma uma
aliança com Deus, aproxima da salvação e abastece com o espírito
renovador. Um espírito com determinação em querer aceitar o Cristo.
Amém!
--
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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