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1 de ago. de 2011

Transfiguração do Senhor (Festa)

Sábado, 6 de agosto de 2011


Santos do Dia: Agapito de Roma (companheiro de Felicíssimo, mártir), Estêvão de Cardeña e Companheiros (monges, mártires), Felicíssimo de Roma (diácono, mártir), Hormisdas (papa), Jucelino (eremita), Justo e Pastor (mártires, foram martirizados na Espanha quando ainda eram meninos), Osvaldo de Nortumbria (rei), Tiago, o Sírio (eremita).

Primeira leitura: Daniel 7, 9-10.13-14.
Sua veste era branca como neve.

Salmo responsorial: 96, 1-2.5-6.9.
Deus é rei, é o Altíssimo, muito acima do universo!
Segunda leitura: 2Pedro 1, 16-19.
Esta voz, nós a ouvimos, vinda do céu.
Evangelho: Mateus 17, 1-9.
O seu rosto brilhou como o sol.

A primeira leitura, do livro de Daniel, lembra que Israel, como todo mundo daquele tempo e lugar, encontrava-se em um processo de helenização. A força da cultura grega invadia tudo e se estendia com rapidez. Era toda uma nova forma de se entender a vida. Isto trouxe uma crise profunda em todos os que se mantinham com sua cultura e sua fé. Com a chegada de Antíoco IV Epífanes, o que em um primeiro momento não era mais que uma maior promoção da cultura grega, em seguida passa a ser uma perseguição aberta dos judeus que eram fiéis à sua fé.

À irracionalidade da intolerância se soma a irracionalidade da violência. A "cultura superior" traz consigo a prepotência e termina por massacrar pessoas simples, inocentes, que pretendiam unicamente viver em paz. Quem são os bárbaros? Neste clima surge o livro de Daniel convidando a resistir, retomando acontecimentos do passado animando à resistência no presente. Em sua segunda parte, o livro muda de gênero literário ante a pressão e a instabilidade pelo absurdo da força. Não podendo mais expressar-se em linguagem convencional, surge o gênero da apocalíptica. O capítulo ao qual pertence o texto de hoje está entre as duas partes do livro.

A segunda leitura é uma das poucas leituras litúrgicas pertencentes ao último escrito, cronologicamente falando, do Novo Testamento. Não somente por este motivo, mas sobretudo por seu conteúdo, é claro que não foi obra do apóstolo Pedro, primeiro Papa, ainda que a ele tenha sido atribuído desde a antiguidade. Sua intenção é alentar os cristãos das gerações seguintes à primeira, a permanecerem fiéis, colocando-os em alerta frente a possíveis desvios.

A certeza da vitória total de Cristo se baseia, entre outras coisas, na Transfiguração, uma espécie de adiantamento teológico do que Cristo é e representa para todos. Esta realidade é contraposta pelo autor a mitos e lendas pouco confiáveis. E não é que a transfiguração deva ser considerada, sem mais, como um fato histórico. Trata-se de uma aceitação e mostra o que o Senhor Jesus, o Filho atestado pelo Pai, é e significa para todos os cristãos.

O mais importante é que Jesus é o Filho de Deus e deve voltar para encerrar sua obra começada. É importante esta menção de Jesus Cristo como fundamento da vida presente do cristão, de sua fé, de sua realidade histórica em conjunto e, por sua vez, a tensão para o futuro, para a realização completa.

Os símbolos que o profeta Daniel se inspira na apocalíptica judaica do século III a.C. A apocalíptica tentava apresentar as grandes opções de Deus para o presente, mediante símbolos litúrgicos, cósmicos e sobrenaturais. O branco representa a máxima santidade, a presença divina. Os tronos simbolizam a capacidade para governar a história. O filho do homem, aquele ser humano capaz de fazer realidade a vontade de Deus.

O evangelho, o episódio da Transfiguração, tem uma relação direta com o episódio do batismo (Mt 3,13-17). Em ambos descobrimos a experiência filial como forma permanente de relação com Deus: "Este é meu filho preferido, escutai-o". A presença de Moisés e Elias na cena representam o encontro com Deus na Escritura. A voz que desceu do céu mostra que nossa relação filial com Deus determina todo nosso ser.

A escuta de Jesus se converte de agora em diante no grande imperativo cristão. A experiência de Jesus durante seu batismo se converte no patrimônio de toda a comunidade cristã, ainda que tenha que esperar pela experiência pascal para descobrir como esse caminho de acesso ao Pai passa pela cruz. A vida cristã é uma vida transfigurada, isto é, uma vida na qual se vive a plenitude desde a consciência de ser filhos de Deus.

Devemos abandonar a iniciativa de Pedro de viver uma vida dividida, desarticulada, simbolizada pelo desejo deste personagem de levantar três tendas e instalar-se ali na montanha.

Missionários Claretianos

 

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