“Jesus liberta e serve” – Claudinei M. Oliveira
Quarta - feira, 31 de agosto de 2011.
Evangelho – Lc 4, 38-44
Jesus é o grande libertador. Quer todos libertos para a construção de um Reino de Paz e amor. O homem livre dos males pode ajudar a fortificar ainda mais outras pessoas, encorajando-as, mostrando novos caminhos de puro amor e glória. Porém, este Jesus que emancipa o homem do mal é universal, não fica preso a uma pequena comunidade ou cidade. Ele vai ao encontro de todos os irmãos com uma proposta avassaladora: levar a claridade para todos enxergarem com perfeição os males que corroem o homem de bem.
Quando uma pessoa adoecia na época de Jesus acreditava-se que o demônio estava apossando do cristão. A febre era a marca do demônio. Logo todos ficavam com medo e receosos desse mal. O remédio encontrado era fazer o demônio fugir do corpo possuído para então libertá-lo. Jesus era o remédio para fazer a febre desaparecer. Aconteceu com a sogra de Simão. Jesus tinha acabado de sair da sinagoga e estava entrando na casa de Simão quando foi implorado para expulsar o demônio do corpo da sogra. Prontamente Jesus expulsou o “demônio” da mulher e todos ficaram abismados com a obediência do mal ao deixar o corpo imune. Contudo, ao anoitecer do outro dia muitos enfermos foram levados para Jesus curá-los. Provavelmente passou a noite toda libertando cristãos do demônio. Alguns doentes ao serem libertos do espírito mal chegavam a exaltar: "Tu és o Filho de Deus!". Sabiam que somente o Filho do Homem tinha poder para tal façanha. Mas eram advertidos por Jesus.
Tentando sair de Cafarnaum Jesus foi seguido pela multidão. Não queria deixá-lo ir. No entanto, queria que Jesus ficasse ali com eles, curando e libertando o mal. Lógico, quem gostaria de ver partindo alguém que ajuda a comunidade a se encontrar? Ninguém. Mas Jesus afirma categoricamente: "Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado". Ele não pode fugir do propósito de levar a Boa Nova para todos os povos. Mesmo alguém ficando com raiva não importava para Jesus, pois a lição era exemplificada para novos seguidores com ardor missionário da libertação da cura.
Perguntamos para nós hoje: quais são os demônios que adoecem o nosso povo? Quais são os males que impedem o crescimento de tantos cristãos? O que estamos fazendo para levar a dignidade e a segurança para nosso povo tão sofrido? Pois bem, falar da outra pessoa é fácil, mas falar da nossa ação é difícil. Temos que enxergar o umbigo e ver o que estamos fazendo para levar a alegria e a fraternidade para todos. Como bons seguidores de Cristo devemos observar os males demoníacos entre o povo de Deus e denunciá-los severamente.
Entretanto, caro leitor, o demônio embebido em nosso povo é a miséria, a fome, a violência, o desprazer, o desrespeito com os doentes, o esquecimento das nossas crianças, o abandono de nossos velhinhos e as vidas de tantos jovens sendo ceifadas pelas drogas, pelas bebidas e pelo trânsito. São estes demônios que não deixam a paz reinar e nem o reino de Deus acontecer. Jesus quando impõe as mãos sobre a cabeça do enfermo, reza pela harmonia e pela nova vida. Jesus mostra para o desvalido os males que causam tanta dor. São os aproveitadores do povo. São as pessoas responsáveis pela gerência das políticas públicas que aproveitam da situação de miséria do povo para arrematar montantes de privilégios. Estes sim, são os demônios que o povo tem que abrir os olhos e fugir deles. Dar um basta nesta situação. E não permitir que seja usado literalmente para o bem próprio.
A proposta de Jesus é clara: não permitir que os filhos de Deus sofram abusos de poucos aproveitadores. Os filhos de Deus devem copiosamente ser bem tratados e zelados. Assim o respeito e o zelo para com o Outro é também nosso dever. Anunciar a boa notícia para todos a fim de que o mal não venha levá-los para o encantamento das trevas. Amém!
--
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
Nenhum comentário:
Postar um comentário