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21 de ago. de 2011

ASSUNÇÃO DE MARIA - Comentários – Prof. Fernando

Comentários – Prof. Fernando –-(ASSUNÇÃO de MARIA, mãe de Jesus)-21deagosto2011

[OBS. No Brasil a solenidade do antigo "15 de agosto" celebra-se no domingo seguinte]

 

Da 1ª leit.: Ap 11,19a . 13,1.3-6a.10ab  Apareceu no céu um grande sinal.

Do Salmo: Sl 44 Entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real.

Da 2ª leit.: 1Cor 15,20-27ª Cristo ressuscitou dos mortos como um primeiro fruto dentre os que morreram; por um homem veio a morte: também por um homem vem a ressurreição dos mortos.

Do Evang.: Lc 1,39-56 O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam.

 

               Nesta solenidade da Assunção de Maria é inevitável que nossa imaginação veja uma cena que tantos pintores ao longo da história puseram em seus quadros. Mas Assunção não é uma espécie de "levitação" da mãe de Jesus, flutuando nos ares como se fosse "abduzida" por uma luz (outra tendência da imaginação por causa do cinema de ficção e discos voadores).
               O sentido espiritual da solenidade não quer apontar um milagre extraordinário ou espetacular. O que tem de beleza e mística já é representado na arte sacra. Mas as pessoas mais simples captam o seu sentido profundo. Maria, a mãe de Jesus, foi  "assumida" por Deus, totalmente. Já era "cheia de Graça" do Espírito Santo, quando Gabriel a saudou. Foi ali a primeira mulher a saber sobre a Encarnação. E a Graça não tirou sua liberdade: ela disse: Sim, "seja feito conforme a tua palavra". Um dia, "estava de de pé junto à cruz" de seu filho.

            Por causa dessa união especial com seu filho será também a primeira a segui-lo na glória da ressurreição. Os ortodoxos usam o termo "dormição" ao falar dos últimos instantes da vida de Maria. É um termo ligado à tradição judaica que costumava contar sobre os justos que adormeciam e logo se reuniam a seus pais e antepassados. O próprio Jesus em várias passagens dos evangelhos diz que a morte é uma espécie de "sono" e os que assim dormem de fato estão vivos com Deus.

            Certamente Maria conheceu também a morte como passagem à vida gloriosa. Não havia dito Jesus que para chegar à glória todo homem deve passar pela cruz? A assunção de Maria, à diferença da ascensão de Jesus, não é o fundamento de nossa esperança na ressurreição, mas é sua primeira realização que vem reforçar nossa esperança (Jacques Bur).

            Um teólogo (Domergue) lembra:

            Afinal, o que é dito de Maria se refere também à nossa própria história. Ela é a primeira a seguir o Caminho que é Cristo mas, a sua assunção é profecia de nosso futuro. Esse mistério que já está presente em nós será plenitude, felicidade completa, quando o virmos "face a face" diante do Pai. Essa certeza começa na terra onde se inclui o estar junto à cruz de Jesus em situações vividas com outros ou pelos outros. Às vezes nossa fé é posta à prova, mas Jesus nos aponta também em Maria um exemplo-síntese de outras figuras apresentadas nos evangelhos, expressões da confiança nele: "Eis a tua mãe" (João 19,27).

            Assim como a figura da mulher em Apocalipse (1ª.leitura) e como a figura da mulher em Gênesis 3 (vencendo a serpente, vencendo o dragão) assim a assunção de Maria é realização da promessa divina: a vitória da Jerusalém renovada, da Igreja de Cristo, da transformação da humanidade enfim. É aquela que resiste ao "shatan" (inimigo, adversário). Essa a mensagem da solenidade de Maria assumida numa vida gloriosa.

            Paulo (2ª.leitura) mostra que a maior vitória está na superação da morte, por causa de Cristo ressuscitado, sendo ele o primeiro membro de uma humanidade nova.

            Um hino de alegria e esperança é o que escolhe a liturgia de hoje como leitura do Evangelho. O "Magníficat" é cantado por Maria precisamente no contexto de seu gesto concreto de amor quando foi colocar-se a serviço do outro. O Senhor faz em nós maravilhas e seu amor chega até nossa geração por meio de tantos gestos (anônimos) solidários.

            Talvez nos falte (porque estamos mais atentos ao barulho de cada dia do que ao silêncio da oração) aquilo que se tornou, em Maria, um "diferencial" pelo qual ela era capaz de reconhecer o sussurro dos Anjos e qualquer sinal da presença do Santo e do Poderoso no meio da vida. Thomas Merton, um místico de nosso tempo (1915-68): "Nosso ser é silencioso, mas nossa existência é barulhenta. Nossas ações tendem a ser ruidosas, mas, quando param, há uma base de silêncio que está sempre presente. (...) O silêncio é altamente simbólico no nosso tempo. Há quem diga que a contemplação e seus valores não fazem muito sentido ou não interessam para as pessoas de hoje. Isso não é verdade."

[in: The Springs of Contemplation, Ave Maria Press, Indiana, 1992, p. 18)

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Prof. Fernando S.M. (Rio de Janeiro- USU)  para  http://homiliadominical.blogspot.com/

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