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26 de abr. de 2011

O Senhor Ressuscitou e disso somos testemunhas!

Amadas e amados de Deus, "ressuscitados com Cristo" (Cl 3, 1), São Paulo confessa isso com a sua vida. Essas palavras exprimem a fé das origens do cristianismo: o Cordeiro pascal, símbolo da história da salvação, exprime a consciência da inovação introduzida no mundo com a ressurreição de Cristo.

São Pedro, num discurso relatado na primeira leitura narra a vida terrena de Jesus de Nazaré: João Batista (At 10, 37) os milagres (v. 38), passa pela paixão e morte do Senhor (v. 39).

Os discípulos se tornaram testemunhas do Senhor ressuscitado: Confessando a singularidade extraordinária de Cristo. Eles entendem que só em Jesus Cristo temos a salvação. De onde nasce essa convicção? Foi a partir da história da Páscoa que os discípulos confessaram que Jesus é o Senhor, Aquele que era cheio do Espírito Santo. Ele ressuscitou e o sepulcro vazio (Jo 20,6): ele foi constituído por Deus, Senhor e Cristo, "juiz dos vivos e dos mortos" (At 10,42). Jesus, o Ungido do Pai, é o lugar onde o Deus vivo, conta sua história.

A nova comunidade também capta a história da humanidade no presente e na plenitude dos tempos, de fato, São Paulo afirma que Jesus ressuscitado, o centro do tempo, a salvação é conseguida, mas ainda não plenamente (Cl 3,4), porque esperamos que a manifestação completa do Senhor. Na experiência da Páscoa, a primeira comunidade interpretou o significado de tempo entre o evento e a plena manifestação da ressurreição de Cristo.

Esse é o momento em que o poder do Ressuscitado abrange todas as cruzes da história. Cristo é o cumprimento da promessa, mas é também promessa do último cumprimento. É o tempo intermediário na Igreja para o Senhor (Ap 22,17.20), e em obediência à tarefa que o Senhor ressuscitado confiou a ela e que ele não a deixará sozinha. À luz da Páscoa, portanto, os discípulos do Nazareno releem a história de vida como única e singular, interpretando o passado, o presente e o futuro da humanidade como a história de Deus, percebendo portanto, a ação de Deus na história.

Existe uma profunda sintonia entre o mistério pascal e o ministério presbiteral. No dia de nossa ordenação presbiteral nos foi dirigida a seguinte pergunta: "Quereis unir-vos cada vez mais ao Cristo, sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por nós, e ser com ele consagrados a Deus para a salvação da humanidade?". Depois nos foi perguntado pelo Bispo diocesano: "Prometes respeito e obediência a mim e aos meus sucessores?" A ambas as questões respondemos afirmativamente, conscientes de que a obediência faz parte do mistério pascal de Cristo como, também, de nosso ministério presbiteral.

Portanto, cada vez que celebramos a Páscoa não devemos nos esquecer de ser dóceis à voz de Cristo que se dirige a nós por intermédio de nosso Bispo diocesano. Quando ele nos confia um ofício na Igreja é porque somos dispensadores dos mistérios sagrados e não propriamente donos de qualquer função, seja ela qual for.


Não faz muito sentido transformar nossos trabalhos e lugares onde nos encontramos em propriedade nossa, pois isso seria um indicativo de pouca compreensão do mistério pascal de Cristo e, por conseguinte, de nosso próprio ministério. Nada nos pertence. Tudo é de Cristo e da Igreja. Portanto, peçamos ao Senhor a graça de sermos dóceis à voz do nosso Bispo diocesano, pois a comunhão com ele é o modo concreto de estarmos em comunhão com toda a Igreja.

A Páscoa lembra a nós sacerdotes que participando da missão do Cristo Pastor e Chefe, o Ressuscitado, Sumo Pontífice, estejamos unidos ao Bispo Diocesano, presbíteros primeiros colaboradores do Pastor Diocesano na graça de reunir os fiéis em uma só família a fim de conduzi-los a Deus Pai, por Cristo Ressuscitado, no Espírito Santo.

Na Páscoa nós celebramos a solenidade da consciência de que Cristo é a nossa vida e de que o pecado foi sepultado com o batismo (Cl 3,3). Através da participação nos sacramentos, especialmente na Eucaristia, somos capazes de entender o poder do Vivente que irrompe hoje da nossa vida quotidiana: nos tornamos filhos de Deus, ou "ressuscitados com Cristo".

Na docilidade ao Cristo e a Igreja devemos entrar na pedagogia da morte e da vida. A morte para a desobediência, a autosuficiência e o pecado e a busca da vida que bem da OBEDIÊNCIA A DEUS E A IGREJA, na comunhão subsidiária a voz de nossos pastores, na mistagogia da caridade e da acolhida de todos, como o Cristo que venceu o pecado e a morte para todos. Para nós, presbíteros, celebrar a Páscoa é testemunhar o Ressuscitado por gestos concretos de comunhão visível e irredutível com a Igreja e os seus pastores.

Queridos irmãos, vamos aceitar o convite de São Paulo, vamos nos abrir para Cristo, crucificado e ressuscitado, para que infunda em todos nós o Espírito Santo que torna presente e atual a sua memória entre nós.

Por: Padre Wagner Augusto Portugal

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