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14 de mar. de 2011

Todo aquele que pede, recebe - Padre Queiroz.


Quinta-feira 17 de Março de 2011

Evangelho - Mt 7,7-12

 


Neste Evangelho, Jesus nos pede insistentemente que rezemos, pedindo a Deus tudo aquilo de que precisamos, e pedindo também pelos outros. Ele garante que quem pede recebe, quem procura acha e a quem bate a porta lhe será aberta. Apesar disso, nós ainda não temos o costume de rezar. Quantas vezes sofremos com um probleminha, afogando-nos num copo d'água, e nos esquecemos de pedir! Deus está ao nosso lado, querendo nos ajudar, mas ele não entra na nossa vida se não pedirmos. Ele respeita a nossa liberdade. Se tivéssemos o costume de rezar, a nossa vida seria muito mais fácil, pois Deus é maior que todos os problemas e obstáculos. Ele "tira de letra" qualquer dificuldade que aparecer em nossa vida, se lhe pedirmos.

Para nos motivar a pedir, Jesus apresenta um argumento forte, mas simples e claro: "Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe?" O formato do pão naquela região era parecido com algumas pedras. Também havia peixes muito parecidos com cobra. Daí a possibilidade de uma criança se enganar, pedindo uma coisa pensando que era outra. Igual a nós hoje, que pedimos alguma coisa a Deus, pensando que é para o nosso bem, quando de fato não é. Só Deus sabe o que é melhor para nós, pois nos conhece inteiramente e sabe o nosso futuro.

"Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quando mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem!" A eficácia da oração tem a sua causa na bondade paternal de Deus. Se um pai dá ao filho o que é melhor para o filho, quanto mais Deus. Ele atende a todos os que lhe pedem com fé, confiança e perseverança, porque nos ama mais e melhor que um pai ou uma mãe. O seu amor por nós é infinito.

Jesus afirmará mais tarde, no seu discurso de despedida: "Eu vos asseguro: se pedis algo ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará... Pedi e recebereis... Nesse dia pedireis em meu nome, e não vos digo que intervirei junto do Pai por vós, pois o próprio Pai vos ama..." (Jo 16,23ss). Nesse texto estão em evidência as duas razões da eficácia da oração: a bondade paternal de Deus e os merecimentos da redenção de Jesus em nosso favor.

A oração deve ser o clima habitual de quem se sabe filho de Deus e chamado para a santidade. E rezar não é difícil. Basta falar com Deus, como a um pai ou um amigo.

Santo Afonso Maria de Ligório dizia: "Quem reza se salva, quem não reza se condena". De fato, no céu não há ninguém que lá tenha entrado sem rezar, pois a nossa natureza é fraca e ferida pelo pecado. Sozinhos, não temos forças para fazer o bem. A nossa inclinação é contrária: para fazer o mal. Todos os santos e santas conquistaram a santidade através da oração.

Dizem que hoje há crise de oração entre os cristãos. Estamos "picados" pelo ativismo e não encontramos tempo para rezar. Tempo é questão de preferência, ou de prioridade. O tempo a gente faz. "O que adiante ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?" (Mt 16,26).

Há também os que acusam aqueles que rezam de desinteressados dos problemas do mundo. Pelo contrário, a oração é sinal de interesse e é a forma mais eficaz de ajuda. O importante é seguir o exemplo de Jesus, tendo um equilíbrio entre oração e ação. Assim, nós fazemos a nossa parte e Deus faz a dele.

Comentando estas passagens evangélicas, adverte Santo Agostinho: "Se a tua oração não é ouvida, deve-se a que não pedes como deves, ou a que pedes o que não deves". Porque o Senhor não falta à sua palavra. Deus já sabe do que precisamos, mas, por respeito à nossa liberdade, só entra na nossa vida se pedirmos.

A oração é livre e cada um tem o seu jeito próprio de rezar. Oração é como nadar: nós aprendemos rezando. Existem tantas formas de oração quantas pessoas orantes há no mundo. Há quatro tipos de oração: pedir, agradecer, louvar e pedir perdão a Deus. Nós vamos intercalando os quatro, conforme o Espírito Santo nos inspira. A santa Missa, a melhor oração dos cristãos, tem esses quatro tipos.

Além da Missa, temos a oração dos Salmos, organizada na Liturgia das Horas, o terço etc. O Pai Nosso, além de uma belíssima oração, é uma explicação que Jesus nos dá de como rezar. Nele também encontramos os quatro tipos de oração.

Devemos transformar a oração em vida e a vida em oração. O melhor é nos isolar dos outros para rezar, seja em nosso quarto, na igreja, em contato com a natureza etc. Mas quem tem o hábito de rezar, reza no ônibus, no trabalho etc. "Orai sempre e nunca cesseis de o fazer", disse Jesus.

Sobre a Campanha da Fraternidade – economia e vida – vamos nos lembrar que a mão que embala o berço é a mão que rege o mundo. Destinar os recursos econômicos às crianças, a fim de que elas cresçam como Jesus: no tamanho, na sabedoria e na graça de Deus.

Certa vez, uma catequista deu para seus alunos a seguinte tarefa: cada um devia fazer um desenho, mostrando o homem mais forte do mundo. Saiu de tudo: Popó, Mike Tyson, Sansão, Barack Obama... Mas uma criança fez um desenho original. Ela desenhou um homem de joelhos, rezando. Pronto, a catequista disse que aquela criança fez o melhor desenho.

Todos somos fracos, mas Deus é forte. Ele está ao nosso lado, querendo nos ajudar, mas não entra na nossa vida se não pedirmos. E quando ele entra, tudo se torna fácil, pois ele é infinitamente poderoso.

Maria Santíssima estava junto com os Apóstolos rezando no Cenáculo, enquanto aguardavam a vinda do Espírito Santo. Que ela interceda por nós, a fim de aprendermos a orar.

Todo aquele que pede, recebe.

Padre Queiroz

 

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