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24 de fev. de 2011

Rezar e evangelizar com fé, devoção e clareza - Sal


2 de Abril de 2011-
Evangelho - Lc 18,9-14


Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a salvação não pode ser alcançada por nossas ações, uma vez que a pessoa não pode salvar-se por si mesma, mas por uma ação amorosa e gratuita do próprio Deus. Nós não nos salvamos, aos homens isso é impossível, mas Deus nos salva, pois para ele tudo é possível. Sendo assim, a nossa salvação depende antes de tudo da postura que temos diante de Deus. O fariseu contava os seus méritos diante de Deus, o que não lhe garantiu a salvação, enquanto que, ao demonstrar as suas misérias e os seus pecados diante de Deus, o cobrador de impostos reconhecia que somente Deus poderia salvá-lo e implora por essa salvação e, por isso, ele foi atendido em suas preces. (CNBB)



Prezados irmãos em Cristo Jesus. Que as nossas orações sejam humildes, e feitas com muita fé, respeito e atenção no que estamos dizendo.
Do mesmo modo, que os nossos sermões e homilias sejam proferidos com um tom de voz que todos escutem. Que as palavras sejam pronunciadas  pausadamente para que todos entendam. E não apenas  despejadas rapidamente com pressa de acabar logo.

Que os nossos leitores da missa façam cursos de dicção. Que aprendam a pronunciar todas as sílabas, que falem pausadamente em vez de ler correndo para acabar logo, e  que leiam  alto para que todos lá no fundo da igreja escutem e entenda o anúncio da palavra do Senhor.

Outra coisa que embaça o anúncio da palavra de Deus seja lida ou comentada, é o sistema de som da igreja. O que sempre ocorre em templos históricos ou antigos, é a formação do efeito eco, o qual faz com que não se entende nada do que é lido ou explicado, sem que os leitores ou comentaristas tenham grande culpa.  
            Sabemos que para otimizar o som da igreja envolve dinheiro. Porém é importante lembrar que uma das coisas mais importantes em uma celebração é a clareza do som. Afinal é a palavra de Deus que está sendo jogada fora, sem que os participantes da missa entendam. Se não entendem, não podem praticar. Assim, o sentido ou objetivo da missa fica pela metade.

Caríssimos. Vamos refletir sobre como anda a nossa participação na liturgia lendo este maravilhoso artigo de um especialista em liturgia.
Sal



MISSA DO PADRE CHATO
Monótono, enrolado, falador, não se entende o que ele diz. Lento, é um sonífero! E a ladainha vai longe. Tudo para dizer que um padre não sabe dar vida à missa ou a faz de qualquer jeito.
Não sei se você já escutou essa lamúria em algum lugar. Já tive essa insatisfação de ouvir pessoas reclamando que a missa daquele padre é chata. São pessoas que gostariam de sentir mais vibração no padre, mas, ao contrário, ele parece estar fazendo algo que lhes causa fastio e, mais enfastiados, ficam os celebrantes quando um “padre chato” preside a missa.
Quando o padre preside bem a missa é outra coisa. Ela é celebrada. O padre age com calma e os ritos vão acontecendo num ritmo de serenidade, sem agitações forçadas. Ele conduz a assembléia à oração e ao silêncio; canta com os celebrantes, fica atento às leituras... O padre é alguém totalmente presente naquilo que faz. Não se apresenta como um profissional do rito; alguém que celebra com o povo, porque está na hora da missa e precisa estar ali, senão estaria alhures. Ele é simples no falar e no presidir e, nessa simplicidade, embala o povo e leva-o para dentro do Mistério da Salvação.
Trégua ao padre
Será que só o padre tem culpa da missa ser chata? Uma boa dose de culpa vem dele, não resta dúvida. Mas, sejamos benignos, não coloquemos toda a culpa nele. Não é só o padre que deve ser incriminado pelas chatices de alguma missa. Existem várias cordas que precisam ser afinadas para que a missa seja realmente bonita e bem celebrada. Numa celebração, todos devem agir afinados com todos, porque senão o resultado fica estranho e a missa, desafinada.
Uma vez no campo da música, é bom lembrar que a afinação de uma missa bem celebrada começa com canções que combinam com os ritos e as liturgias da celebração, com músicos que só tocam e cantam quando a música é parte integrante daquele momento celebrativo. Depois, os acordes afinados continuam com leitores que lêem bem e bonito, coroinhas que não distraem os celebrantes, igreja limpa e bem ornamentada, equipe de acolhida que recebe os celebrantes com simpatia e alegria.
Quando acontece a afinação de todos esses elementos, então sim, vamos ter uma celebração bem feita; uma celebração que, com todo o direito, pode ser chamada de ação de graças. Eucaristia a Deus Pai.
Mas, e o padre?
Padre chato continua sendo um problema. Tem cura? Claro que sim; e sem terapia ou promovendo manifestações contrárias a ele, como sair ostensivamente da igreja quando ele entra para presidir a missa. Não é preciso nem brigar com o homem. Tudo é mais simples do que se pensa. Basta entender uma coisa: que a missa não é só do padre. Ela é de todos os celebrantes que estão na igreja.
Mas, isso tira a chatice do padre? Tira! Mas com uma condição. É preciso cada qual fazer bem a sua parte. A equipe precisa preparar a celebração com antecedência. Os músicos já devem ter escolhido as músicas e afinado os instrumentos na sacristia e, não, quando faltam alguns minutos para começar a missa. E, por fim, a assembléia deve fazer também a sua parte, participando ativamente da celebração. Se todos capricham, mas os celebrantes que estão na assembléia não correspondem, então a missa vira teatro de alguns que fazem para outros assistirem. Deixa de ser celebração.
“E o padre chato?” Ele vai ter que se preparar, senão vai ficar chato é para ele. Se ele não se tocar que precisa estar a altura dos demais ministérios que atuam bem na celebração, vai ficar chato para ele... se vai.
Se todos fazem bem ...
Às vezes, a missa é chata porque o padre precisa salvar a pátria sozinho. Quando tudo está preparado, cada um faz a sua parte e os celebrantes correspondem, a missa acontece sem chatices. Todos celebram com todos e juntos rendem graças a Deus.
E se o padre não se preparar? Bom, daí o pessoal da equipe litúrgica vai ter que falar com ele. Espera-se que não seja teimoso, que aceite o que lhe dizem, pense bem e decida-se a mudar.
O ideal é o inverso. O padre ser o mais interessado para que tudo corra bem na celebração da missa. Infelizmente, isso não acontece em algumas comunidades e o padre celebra de qualquer jeito. Nesse caso, chatices à parte, a equipe litúrgica precisa tomar a iniciativa para ajudar o padre a compreender qual o seu papel na missa. E chegar a isso, bem sabemos, é difícil para a equipe litúrgica e para o padre. Mas é a condição para que a missa não seja chata para todos.


Serginho Valle - Liturgista

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