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31 de out. de 2010

Usai o dinheiro injusto para fazer amigos -Vera Lúcia



Sábado 06/11/2010

Lc 16,9-15

Fidelidade nas pequenas coisas

Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, que vos receberão nas moradas eternas.

Neste Evangelho, Jesus nos fala a respeito do dinheiro. Ele chama o dinheiro de injusto, porque ele é freqüentemente adquirido de maneira injusta, extorquido, roubado...

Os amigos que nos receberão nas moradas eternas são os nossos familiares, aos quais dedicamos grande parte do nosso dinheiro. Também os pobres, as obras sociais e missionárias, o culto a Deus, a nossa Comunidade etc.

O dinheiro, se olharmos para a sua origem, é sangue coagulado, isto é, é produto do trabalho humano, que é vida gasta, e a vida é representada pelo sangue.

Dinheiro é sangue em forma de papel. Mesmo que tenha sido extorquido injustamente, ele é fruto do suor e do sangue de algum trabalhador. Se o salário é menor do que o merecido, há uma extorsão do sangue do trabalhador.

Dinheiro é também pão objetivado e transformado em valor-coringa e valor não perecível, correspondente a tantos dias-pão. É pão em forma de papel ou de moeda, pois ele pode, a qualquer momento e em qualquer lugar, ser convertido em pão. Por isso, diante de Deus, o pão e o dinheiro tem o mesmo valor moral.

Portanto, acumular dinheiro é acumular sangue, é acumular pão, o pão que falta na mesa do outro. É roubar este pão do outro. Acumular dinheiro é reter a vida humana.

“O pão é a vida do pobre, e quem tira a vida de alguém é assassino. Mata o próximo quem lhe tira os meios de vida e derrama sangue quem priva o operário de seu salário” (Eclo 34,21-22).

O dinheiro acumulado e guardado em excesso lembra-nos o caso do maná: “Moisés disse ao povo: ‘Ninguém guarde nada para amanhã’. Alguns, porém, desobedeceram a Moisés e guardaram o maná para o dia seguinte; mas ele bichou e apodreceu” (Êx 16,19-20).

Acumular dinheiro na conta bancária e acumular pão na dispensa é o mesmo pecado. Quantas contas bancárias por aí estão exalando mau cheiro, odor de enxofre do capeta!

Portanto, o dinheiro merece respeito, é coisa sagrada. “A raiz de todos os males está no amor ao dinheiro. Por causa dele, muitos se afastaram da fé” (1Tm 6,10). “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6,21).

“Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” Jesus chama o dinheiro de “senhor” porque ele exerce uma enorme força sobre nós e facilmente nos torna escravos dele.

Alguns pensam que essa questão do uso do dinheiro é coisa pequena e insignificante; por isso Jesus fala: “Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes”.

Resumindo: enquanto a nossa conversão a Deus não atingir o nosso bolso e a nossa conta bancária, ela não está completa.

Certa vez, uma professora resolveu dar de presente para uma aluna, um vestido. Tratava-se de uma menina pobre, que vinha à aula com roupas em péssimas condições, contrastando com o seu corpinho tão belo.

A professora comprou para ela um vestido azul.

No dia seguinte, a aluna apareceu com o vestido azul e uma fita no cabelo. Já que o vestido era tão bonito, a mãe resolveu colocar nela a fita.

Sua irmã menor chorou, brigou e quis também um vestido novo. O pai comprou. A mãe começou a arrumar melhor a filha para ir à escola. Fazia-a tomar banho, arrumava as unhas, o cabelo...

E as coisas foram mudando naquela casa. Como as paredes estavam feias, o pai resolveu dar uma pintura. Arrumou também a frente, o murinho e o jardim.

A casa se destacou na rua, e os vizinhos não quiseram ficar para trás. Arrumaram suas casas também.

Em pouco tempo, o bairro todo estava mais bonito. O problema era a poeira e, quando chovia, o barro nas ruas. Formaram uma comissão, foram à prefeitura e reivindicaram o asfaltamento do bairro.

E assim, aos poucos, o bairro todo se transformou. Tudo por causa de um vestido azul. Ou melhor, por causa da boa ação de uma professora, que empregou o seu dinheiro a serviço do bem.

As nossas ações boas, por pequenas que sejam, são abençoadas por Deus e se multiplicam.

Maria Santíssima era apegada a uma única riqueza: aquela que o anjo Gabriel destacou, ao cumprimentá-la: “Ave, cheia de graça”! Que Maria nos ajude a servir sempre a Deus e nunca ao dinheiro.

Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, que vos receberão nas moradas eternas.

Vera Lúcia

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