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1 de out. de 2010

Santos Anjos da Guarda - Missionários Claretianos

Sábado, 2 de outubro de 2010

26ª Semana do Tempo Comum

Santos Anjos da Guarda (Memória).

Outros Santos do Dia: Beregísio (monge da Bélgica), Eleutério de Nicomédia (mártir), Guerino (irmão de São Leodegário, mártir), Leodegário de Autun (bispo), Luís, Lúcia, André e Francisco (mártires do Japão), Modesto de Roma (mártir), Primo, Cirilo e Secundário (mártires de Antioquia).

Primeira leitura: Êxodo 23, 20-23
Vou enviar um anjo que vá à tua frente.
Salmo Responsorial: 90, 1-6.10-11
O Senhor deu uma ordem aos seus anjos, para em todos os caminhos te guardarem.
Evangelho:Mateus 18, 1-5, 10
Seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.

O regresso dos setenta e dois discípulos é uma experiência marcada pela alegria e pela satisfação de ter cumprido a missão confiada pelo Mestre, e as conseqüências da mesma: a missão realizada pelo próprio Jesus e seus enviados para destruir o poder das forças do mal. Em outras palavras, o seguimento corajoso e a evangelização sem espetáculo, de toda pessoa que adere ao projeto de Deus, é o testemunho que vai contra todo tipo de opressão e de qualquer forma de domínio que atente contra a dignidade do ser humano.

Portanto, o sentido da missão dos setenta e dois continua presente hoje: mostrar que Deus continua escrevendo no livro da Vida os nomes de homens e mulheres que estão de acordo com o desígnio salvifico e que continua derramando seus dons sobre a comunidade dos crentes, comunidade de pobres e marginalizados, que souberam compreender as exigências do discipulado. A fé em Jesus exige de nós seus discípulos que continuemos optando a favor dos mais pequenos, que vivamos com alegria e satisfação e que mostremos em nosso acontecer cotidiano a ação humanizadora do Espírito.

O “anjo da guarda” foi uma maneira de “reificar” (dar realidade) e “personificar” (imaginar como “pessoa”) o cuidado ou a atenção que Deus tem para com cada um de nós. Era a forma mais espontânea, mas fácil e mais inteligível de explicar ou apresentar essa convicção. A convicção em si mesma é boa e legítima. Porém, o recurso pedagógico de “reificar e personificar” esse “cuidado divino” é outra coisa.

É compreensível que acontecesse dessa forma em tempos passados – e talvez não poderia ser de outra forma – porém, é igualmente compreensível que já não possa continuar sendo assim. “Não há necessidade de multiplicar os entes sem necessidade”, dizia um adágio escolástico clássico.

Não há por que “personificar” o cuidado que Deus tem para conosco (falando em linguagem teista): basta aceitá-lo e corresponder a ele. Hoje não podemos crer em um “segundo andar” superior onde habitariam os seres espirituais celestiais.

O mundo é o mundo, tal como o vamos conhecendo cada dia melhor, e um sentido de prudência e realismo exige de nós que estejamos voltados a ele, abandonando imaginações, por muito ontológicas, piedosas que possam parecer.


Dito isto, cabe a possibilidade de recuperar uma “segunda ingenuidade”, pela qual podemos continuar falando de anjos da guarda, porém sabendo já de que estamos falando e que tipo de linguagem adotamos para isso.

Missionários Claretianos

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