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10 de out. de 2010

A cura dos dez leprosos - Padre Queiroz

10 de Novembro

Evangelho - Lc 17,11-19

Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro.

Este Evangelho nos trás a cena da cura dos dez leprosos. Eles estavam fora do povoado porque uma lei obrigava os leprosos a viverem separados da sociedade.

Só um deles voltou para agradecer a Jesus. Os outros ficaram felizes com a cura, mas se esqueceram de dizer muito obrigado a quem os curou. Já aquele que agradeceu recebeu outra graça muito maior: a salvação: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.

Como é bom ser agradecido, ter a virtude do reconhecimento e da gratidão! De manhã até a noite recebemos benefícios de Deus e nem tomamos consciência disso. Não existe o tal “por acaso”.

A própria sociedade pecadora nos ensina a ser ingratos e não reconhecidos. Ela destaca as pessoas erradas, publicando o que elas fazem pelos meios mais modernos de comunicação. Já as que fazem o bem, mesmo com heroísmo, ficam desconhecidas. Seguindo essa “escola”, nós costumamos comentar entre nós sobre os crimes, esquecendo-nos dos bons gestos que vemos. Se na nossa rua existem vinte famílias que andam certinho e uma que é errada, é desta que falamos. Que coisa triste!

De modo geral, a proporção é a mesma da cena da cura dos leprosos: de cada dez pessoas, só uma agradece, e mesmo esta, cada dez benefícios que recebe, agradece um só, e olhe lá.

A Bíblia toda, tanto o Antigo como o Novo Testamento, segue o caminho contrário, destacando os benefícios recebidos de Deus e as pessoas exemplares. Veja Hb 11, que bela lista de pessoas que são para nós modelos de fé.

Nossas orações geralmente ficam no pedir, pedir, pedir... E agradecer, nada. Nos Salmos nós encontramos as quatro espécies de oração: o louvor a Deus, a súplica, o pedido de perdão e o agradecimento. Os Salmos de ação de graças estão entre as páginas mais belas da Sagrada Escritura.

Jesus gostava de agradecer. Antes da ressurreição de Lázaro, ele disse: “Pai, eu te agradeço porque sempre me ouves!” (Jo 11,41). Na parábola da ovelha perdida, o pastor fez uma festa para agradecer o encontro do animal. O mesmo faz a mulher que encontrou a moeda. O pai do filho pródigo fez um banquete para festejar a chegada do filho querido...

Contemplando todos os presentes que ganhamos de Deus, o nosso sentimento devia ser como o de S. Paulo: “Por isso dobro os joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo...” (Ef 3,14).

“Irmãos, sede agradecidos. Cantai a Deus, em vossos corações, com Salmos, hinos e cânticos inspirados pelo Espírito. E tudo o que disserdes ou fizerdes, que seja sempre no nome do Senhor Jesus, por ele dando graças a Deus Pai” (Cl 3,16-17).

Também S. Paulo reclama da humanidade pecadora, que é ingrata a Deus: “Apesar de conhecerem a Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças. Pelo contrário, perderam-se em seus pensamentos fúteis, e seu coração insensato se obscureceu. Alardeando sabedoria, tornaram-se tolos” (Rm 1,21-22).

Quem é grato a Deus, é também grato às pessoas pelos benefícios que recebe. Por outro lado, quem é ingrato a Deus, é ingrato também ao próximo.

Certa vez, um garoto surpreendeu sua mãe com uma listinha. Esta listinha dizia assim: A mamãe me deve: levar o recado para a tia Anita: R$2,00; comprar o pão: R$0,50; tirar o lixo: R$0,50; varrer o chão: R$3,00. Total: R$6,00.

A mãe não deixou por menos. Pegou na hora um papel e escreveu: carregar você dentro de mim durante nove meses: R$000; dar banho e cuidar de você quando criança: R$0,00; fazer a comida e lavar a roupa: R$0,00 Total que você me deve: R$0,00. A sociedade moderna nos ensina a cobrar tudo. Mas Jesus nos ensina a gratuidade, o reconhecimento, a gratidão.

Maria Santíssima era uma pessoa agradecida a Deus. O Magnificat é o mais belo hino de ação de graças existente na Bíblia. Ali, ela agradece até coisas que ainda não tinham acontecido, como Jesus fez na ressurreição de Lázaro. De fato, “a fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se vêem” (Hb 11,1). Que Maria nos ajude a ser sempre gratos.

Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro.

Padre Queiroz

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