07 de Setembro
Evangelho - Lc 6,12-19
Jesus Passou a noite toda em oração, em contato, em sintonia com Deus Pai, antes de tomar a decisão da escolha dos doze. E se perguntarmos a nós mesmos neste exato instante como anda a nossa oração? Você rezou hoje? Que você responderia? Que sim, que não, que mais ou menos? Ou responderia que não teve tempo? Responderia que não teve tempo exatamente por estar muito ocupado(a) com as coisas do Reino de Deus e ofereceu toda esta ocupação como oração, ou atitude orante? E agora na hora de deitar basta fazer o sinal da cruz e está tudo beleza!
Prezado irmão (ã): Pense. Enquanto Deus, Jesus não precisava rezar. Ele fez isso por dois motivos. Primeiro por que como o próprio Jesus disse, O Pai estava nele e Ele estava no Pai. Sincronizados em um só objetivo, em um só projeto. Portanto, Jesus precisava do contato constante com o Pai e o faria diariamente em lugares afastados, às vezes a noite toda, de forma muito intensa.
O segundo motivo de Jesus orar ou rezar, foi para nos deixar o exemplo. Nós precisamos rezar diariamente, a todo instante, estar com o nosso pensamento sintonizado em Deus por Jesus. Isso nos foi recomendado pelo próprio Cristo. Porque, meus irmãos, quando desleixamos na oração, o demônio vai se encostando em nossa pessoa. E se não tomarmos cuidado, a desgraça estará feita sem que a percebamos.
Muitos padres já largaram a batina, já deixaram de serem padres por que não tinha tempo para rezar. E eram bons padres, faziam muitas coisas e muito bem feitas, se esforçavam tanto que não encontravam um minuto sequer para a intimidade pessoal com Deus.
Jesus poderia muito bem ter salvado a Humanidade inteira sem a ajuda dos 12 discípulos que depois de escolhidos passaram a categoria de apóstolos. Jesus não precisa também de nós para salvar o mundo. Mas em sua infinita bondade e sabedoria, Ele quis repartir conosco esta grande missão de evangelizar.
Por nossa vez, não imitamos o Cristo delegando cargos e poderes aos que se apresentam de boa vontade para trabalhar pelo reino. Muitas vezes, talvez pelo ciúmes de um leigo bem preparado, as portas não são abertas para nos receber na pastoral da criança, por exemplo, como Jesus o fez. E essa barreira dentro das nossas próprias comunidades precisam ser desfeitas. Porque somos imitadores de Cristo, e não podemos ficar cultuando a nossa própria imagem, e impedindo que outros cristãos de boa vontade se junte a nós na caminhada de salvação do Mundo.
Sal.
CONCLUSÃO: Jesus não quis realizar sozinho a obra do Reino, mas chamou apóstolos e discípulos para serem seus colaboradores. Nós, ao contrário, muitas vezes queremos fazer tudo sozinhos e afirmamos que os outros mais atrapalham que ajudam. Com isso, negamos a principal característica da obra evangelizadora que é a sua dimensão comunitário-participativa, além de nos fazermos auto-suficientes, perfeccionistas e maquiavélicos, pois em nome do resultado do trabalho evangelizador, excluímos os próprios evangelizadores, fazendo com que os fins justifiquem os meios e vivendo a mentalidade do mundo moderno da política de resultados, isto porque muitas vezes não somos evangelizadores, mas adoradores de nós mesmos.(CNBB).
Nenhum comentário:
Postar um comentário