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23 de ago. de 2010

O que as pessoas pensam de mim? - Pe. Fernando Torres

24 de setembro

Evangelho - Lc 9,18-22

Tu és o Cristo de Deus.

A liturgia de hoje coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós? A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.

O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus: “e vós, quem dizeis que Eu sou?”

Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.

Comentário - Quem dizem as multidões que Eu sou?

Está claro que vivemos tempos complicados, mais também é verdade que não são mais complicados nem difíceis que outros tempos. Frente aos profetas de desgraças e ameaças apocalípticas, que sempre os teve, devemos proclamar a palavra serena, pacificadora e criadora de esperança da Boa Nova. Nós os crentes olhamos Jesus, estamos fundamentados nele. A âncora de nossa fé está fixa no fundo e por mais que se mova a superfície, sabemos e confiamos em que Deus levará a termo a obra que ele mesmo começou.

Devemos dizer e repetir esta mensagem muitas vezes. Porque há muitos que falam e falam do mal em que estamos, de que já não há valores em nossa sociedade, de que tudo são guerras, assassinatos, roubos. De que o sexo parece ser o único objetivo de todos, etc. Poderíamos seguir dizendo coisas similares. Os que assim falam anunciam mais graves catástrofes ainda. Não há mais solução que atender ao que eles dizem. Temos que cumprir as normas, atuar de outra forma, temos que... E perguntamo-nos se, sendo tão maus como eles nos dizem, poderemos cumprir com todos esses “temos que” que nos propõem. Definitivamente sua mensagem não abre caminhos de esperança senão de desespero. Não há saída. Não há futuro.

Otimista porque cremos

Ainda bem que se apoiar na Palavra de Deus nos abre caminhos de vida. As leituras deste domingo, como as de tantos outros, são um bom antídoto contra esse pessimismo dominante. O Evangelho centra-nos no fundamental. Nós achamos que Jesus é o Messias de Deus. Não é um profeta a mais. Não lhe seguimos porque estejamos convencidos de que sua doutrina é melhor que a de outros. Nem porque faça uns milagres glamorosos como ninguém tem feito nunca. Cremos, estamos convencidos, que é o Filho de Deus, que nele se fez carne o amor de Deus por nós, pela humanidade inteira, por este mundo nosso. Deus não tem dado as costas à sua criação. Não deseja nossa morte senão nossa vida.

Essa vontade de Deus manifestou-se em Jesus. Nele reconhecemos e experimentamos o amor gratuito de Deus. Somos muito conscientes de nossas limitações, de nossas falhas e erros. Mas sabemos que o amor de Deus é maior que tudo isso. E que a vida triunfa sobre a morte. E a graça sobre o pecado. Por isso, caminhamos pela vida cheia de esperanças e com a face bem alta. Não porque nossas obras sejam justas e com elas tenhamos ganhado a salvação. Senão porque temos experimentado o dom da graça, sabemo-nos amados por Deus em Jesus. Não olhamos nosso umbigo – não queremos salvar nossa vida – senão que saímos à vida a cada dia anunciando a boa nova de Jesus, a esperança de vida que temos posto nele. E ele não nos defrauda.

Voltar ao fundamental: “É o Messias”

Passa que, como diz a primeira leitura, em nossos corações se derramou um espírito de graça e de ciência. De Jesus, morto por salvar-nos, brota um manancial de vida, de esperança, de amor, que faz desaparecer os pecados e impurezas desta humanidade nossa tão limitada e tão pobre. Não procuramos a salvação no esforço ético, no cumprimento de normas. Não compramos a vida futura com sacrifícios nesta vida. Mais, sentimos o gozo de participar na construção do Reino, de criar fraternidade, porque temos experimentado o amor de Deus.

Nessa perspectiva temos que ler a segunda leitura. “Todos somos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus”. Achamos que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e isso nos faz irmãos. Seguir-lhe leva consigo penúrias e sacrifícios, mais vale a pena porque é a única maneira de construir a fraternidade, de dar passos que superem o ódio e a guerra, de criar espaços para a esperança e a vida.

Por isso temos que voltar ao fundamental, a nos perguntar quem é Jesus para nós e ao responder desde o mais fundo de nosso coração, ali onde temos experimentado o amor gratuito e incondicional de Deus. Nessa resposta jogamo-nos à vida. Nessa resposta jogamo-nos ao futuro, nosso futuro. Porque não são só umas palavras. A resposta se dá com a vida, dia a dia, amando, lutando, levantando-nos quando caímos, esperando, dando a mão ao irmão.

Pe. Fernando Torres, cmf

http://www.ciudadredonda.org/

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