09 de agosto -
Evangelho (Mateus 17, 22-27)
“Deposita no Senhor as tuas preocupações”.
A nossa liturgia nos diz hoje: “é humano ficar triste diante do sofrimento próprio ou alheio. Fugir a dor não é um mal; enfrentá-la para superá-la é um bem; lutar para vencê-la até mesmo nos outros é um dever para os cristãos”. É com tristeza que os discípulos recebem de Jesus, mais uma vez a revelação sobre sua morte e ressurreição. Esse anúncio desanima os discípulos, mesmo Jesus dizendo que ressuscitaria no terceiro dia. Sofrem por que começam a perceber que a cruz era necessária na missão do Messias, que ele era humano, mas diferente do Messias glorioso, que venceria o Império Romano, como esperavam.
Uma outra questão que o evangelho trata, é sobre as obrigações também humanas, no caso os impostos do templo. E Pedro é questionado pelos cobradores se Jesus paga os impostos do templo. Pedro responde que sim. O templo cobrava impostos pesados, e era desse peso, dessa opressão que teriam que ser libertos. Jesus abre mão de seu privilegio de Filho de Deus e para não criar nenhum escândalo Jesus manda Pedro lançar o anzol e da boca do peixe que pescasse encontraria uma moeda e com ela pagaria o imposto devido.
Quantos homens ou mulheres, preferem abrir mão da família, de amizades, de emprego, ou mesmo da vida de alguém, para não perder algum tipo de privilégio? Muitas vezes as nossas preocupações tomam uma dimensão tão grande que acabam nos afastando das coisas de Deus. E é nesse momento, como a moeda que foi encontrada na boca do peixe, que devemos acreditar, confiar na providência divina. Quando chega aquele momento em que já não temos o que fazer, confiemos na providencia e nada nos faltará. Todas as preocupações e problemas passam a ser secundários quando Deus está em primeiro lugar em nossas vidas. “Deposita no Senhor tuas preocupações e ele proverá todas as tuas necessidades”!
Oração
Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me. Torna-me capaz de abrir mãos de certos direitos, quando estiver em jogo os interesses do Reino na vida das pessoas.
Maria Elian
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