Sábado 14/08
Ser como criança não é ser infantilizado, precisamos saber diferenciar. Quando Jesus fala que devemos ser como crianças não significa que devemos ter atitudes infantis, mas que precisamos ter um coração de criança, que não tem maldade, malícia, raivas...
As crianças por natureza são desapegadas, infelizmente alguns pais que não souberam ou não foram atrás de saber, acabam “mimando” demais os filhos, os tornando muitas vezes egoístas, mas geralmente as crianças querem mesmo é brincar com seus amiguinhos, dividindo os brinquedos e as brincadeiras, se tem uma briguinha, depois de dez minutos volta tudo ao normal como se nada tivesse acontecido, quando uma criança pensa alguma coisa, não tem medo de falar, com sinceridade inocente e não cruel.
Perdemos estes sentimentos quando vamos crescendo, começamos a aprender a não dividir, a guardar mágoas, a mentir, perdemos a nossa “cara” de criança e colocamos uma máscara, cheia de regras sociais, apegos materiais, preconceitos enrustidos e até mesmo declarados.
Ah! Quem dera recuperarmos nosso coração inocente, que acredita nas pessoas, que sonha e mais ainda, acredita na beleza de seus sonhos, que não guarda mágoas, que junta as mãozinhas numa oração simples e tão sincera que tenho certeza, emociona a Deus, e Ele certamente não recusa um pedido de uma criança, e acredito eu, que não recuse o pedido de um coração de criança, porque Deus vê o coração.
De forma especial, peço que hoje direcionemos nossas orações a todas as crianças do mundo, principalmente àquelas que não têm a oportunidade de brincar pois já trabalham, às que sofrem exploração de toda espécie, às que morrem de fome e sede, as que deixaram de acreditar num mundo melhor e mais que oração, que possamos ter coragem de lutar por essas crianças, para que elas possam recuperar sua dignidade; se você e eu não podemos mudar o mundo todo, mudemos ao menos o mundo de uma criança e com isso, tenho certeza, estaremos mais perto de ter um coração puro e cheio de amor.
Ana Luíza Medeiros
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