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6 de ago. de 2010

De agora em diante sereis pescadores de homens

02 de setembro – A pesca milagrosa.

Evangelho - Lc 5,1-11

Um dos elementos mais importantes do cristianismo é a vida comunitária. Para quem é cristão, não existe lugar para o individualismo. Jesus nos mostra isso quando não realiza sozinho a sua missão, mas chama os apóstolos para participarem ativamente dela. Para o apostolado, Jesus não chama os melhores do ponto de vista da economia, da sociedade ou mesmo os mais santos; Jesus chama a todos, sem fazer qualquer tipo de distinção entre as pessoas. Assim, nos mostra que na atuação pastoral, devemos nos preocupar não simplesmente em fazer o trabalho, mas sim em envolver todas as pessoas, para que a atuação pastoral seja comunitária e revele este importante valor do Evangelho. (CNBB)

Comentário

Do temor à confiança

Nosso mundo está muito preocupado com a segurança. É normal. O instinto mais básico é a busca da sobrevivência ou a segurança de mantermos a vida. Esse desejo ou instinto é, sem duvida, uma das motivações mais fortes de nossos atos. Queremos estar seguros no posto de trabalho. Porem, também queremos estar seguros do carinho dos que nos rodeiam., ao menos de que os outros não sejam uma ameaça à nossa vida. Por isso, os países reforçam suas fronteiras e as pessoas os muros de suas casas. Queremos nos sentir seguros.

O problema é que nossos esforços não dão muitos resultados. Assegurar-nos contra todas as ameaças beirando o limite do impossível. É caro, muito caro. Deve-se que pagar muito para obter uns resultados medíocres. Por muito que se pague, quem se pode proteger dos desastres naturais? E no mundo das relações pessoais renunciar todos os riscos significa renunciar a essas mesmas relações. A solidão é um preço muito alto. Diria que por este caminho não temos encontrado a solução.

Jesus propõe um novo caminho

Jesus, como sempre, nos propõe outro caminho. É paradoxal. Vai para além de nosso entendimento, mas abre novas possibilidades. Se trata de “confiar”. Simplesmente. Mais valioso e verdadeiro porque Jesus é o que nos revela Deus. Suas propostas, por assim dizer, são as propostas que Deus, nosso Pai, nos faz.

Confiar é o que faz Jesus, e Deus mesmo, no texto evangélico deste domingo. Os fatos estão aí: os discípulos tinham abandonado Jesus no momento da dificuldade. O mal não foi só de Judas. Pedro tinha negado três vezes conhecer Jesus e os demais tinham saído todos correndo. Todas são razões para que a presença de Jesus ressuscitado lhes causasse terror e temor. Podia vir a cobrar a dívida, a tomar a revanche, a vingar-se! Mas Jesus faz exatamente ao contrário. Olha-lhes como se nada tivesse sucedido e lhes volta a preparar a mesa. Ali estavam o pescado na brasa e o pão na mesa. Voltar a comer juntos era como dizer que não tinha ocorrido nada, que Jesus compreendia suas debilidades, que voltava a pôr sua confiança neles.

Nem sequer faz falta voltar a repetir:
“de agora em diante sereis pescadores de homens”. Dá-se por suposto. Para o evangelista voltar a contar o relato da pesca milagrosa no contexto do Jesus ressuscitado é uma forma de dizer-nos que a palavra de Deus é constante e vai para além de nossas debilidades. De novo os discípulos voltam a pescar tantos peixes que quase não podem com a rede. De novo Simão Pedro deixa-se levar pelo entusiasmo e salta da barca. Mas desta vez não fraqueja. Aprendeu a lição. Para sair adiante e sobreviver não tem que buscar a força em suas pernas senão na graça de Deus que lhe confirma e lhe reitera sua confiança.

Deus confia em nós

Se os discípulos tinham pensado que tudo tinha sido um sonho, que não valia a pena voltar a sonhar com o Reino e que o que tinham que fazer era voltar para suas redes furadas e sua velha barca, o encontro com Jesus lhes confirma que Deus segue confiando neles. Com outras palavras: não é a fé dos discípulos que constrói a Igreja senão a fé e a confiança que Deus mesmo põe neles, e em nós.

Os discípulos de Jesus não encontraram na segurança da consciência de que somos bons, porque a realidade é que não somos melhores que os demais. Nós temos experimentado que Deus tem fixado sua vista em nós, que nos olhou com sua graça - um olhar que sabemos que é para todos os homens e mulheres, crentes e não crentes. Jesus ressuscitado convidou-nos a comer com ele - o faz a cada dia na Eucaristia - e a cada dia nos reitera sua confiança. Sentimos que Deus crê em nós e isso nos faz sentir seguros e fortes para confiar também nos demais, para anunciar a mensagem da reconciliação, do perdão, da misericórdia para todos. Sem exceções. E de passagem solucionar a busca da segurança não através da desconfiança ante tudo e ante todos senão através da confiança. Só estendendo a mão ao irmão construímos um mundo mais seguro, nunca fechando o punho.

Maximino Cerezo Barredo

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