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5 de ago. de 2010

Agosto(6-sexta)2010 - Fernando

Agosto(6-sexta)2010 Transfiguração do Senhor Comentário à 1ª Leitura

(18ªsemana T.Comum-2a7 agosto ( http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/ )

1ªleitura = Daniel 7,9-10.13-14 entre as nuvens vinha um como filho de homem.

OU = Pedro 1,16-19 Esta voz, nós a ouvimos, vinda do céu

[Evangelho Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência Lucas 9,28b-36

O livro de Daniel nos cap.7 a 12 é escrito no estilo chamado apocalíptico a que se já se fez referência no comentário de 15 de julho último que aqui é transcrito:

“Apocalipse” acabou sendo usado para falar de “fim do mundo” e tragédias. Mas é um gênero literáro na bíblia (um estilo como há outros tipos: poesia, história, crônica, discurso, carta etc.). Foram escritos entre o séc.2ºaC e o1ºdC. Significa, em grego: “revelação” (do que estava oculto quando era conhecido só pelo autor e refere-se geralmente ao futuro). Às vezes confunde-se com a linguagem profética. Alguns acham que veio substituí-la quando acabou o Profetismo em Israel. De Elias até João Batista, os profetas primeiro falavam sobre o que Deus lhes revelara, depois eles mesmos ou seus discípulos escreviam suas palavras. Substituindo ou não o profetismo, os escritos apocalípticos querem falar da esperança de um futuro melhor por meio de “visões” carregadas de simbolismos (números, monstros, cores, personagens que precisam ser interpretados). Vamos apagar a ideia de mensagens de “ocultismo” e de um futuro catastrófico. Ao contrário o objetivo desta linguagem é ajudar (principalmente em tempo de perseguição) a manter a esperança e consolar a comunidade mostrando que os inimigos é que serão castigados... Alguns textos desse tipo: Joel 1,15;2,1.11;3,1.4;4,2; Isaías 34–35 e 24-27; Zac9–14 e livro de Daniel 7a12. No NT temos: 1Tes4,15-17; 2Tes2,1-12; Mc13; Mt24–25; Lc21; livro do Apocalipse. Também havia livros judeus (literatura religiosa não bíblica) [ mais em: www.abiblia.org/perguntasView.asp?id=708 ]

O trecho de hoje é típico dessa literatura escrita “em código” para ser entendida pelos que sofrem a perseguição. Aqui trata-se do rei estrangeiro Antíoco Epifanes que atormenta os judeus. O texto, então, é uma espécie de “literatura de resistência” – semelhante à resistência aos nazistas na guerra mundial 1939-45 em que se usavam panfletos e programas de rádio para reanimar a população. É preciso divulgar a ideia de que a vitória está próxima e o fim da tribulação.

A leitura é escolhida por causa da comemoração de hoje: Transfiguração do Senhor. A visão de Daniel traz símbolos e temas que são retomados na narrativa de Lucas.

A leitura (alternativa) é tirada da primeira carta de Pedro na qual ele dá testemunho do que viu e ouviu naquele dia. Sua visão não é “fantástica” no estilo da linguagem apocalíptica mas de testemunha ocular como ele lembra no verso 16. Mas deve ter sido uma inenarrável experiência mística em companhia de Tiago e João a tal ponto que eles não queriam mais se afastar daquele lugar ficando para sempre contemplando a glória de Jesus. Este se apresenta conversando com Moisés e Elias, referência clara à Lei e aos Profetas. Sua presença constitui um sinal de que Jesus satisfará as expectativas do povo eleito que se organizou a partir da legislação mosaica e da tradição profética iniciada por Elias. E falavam da “partida” do Mestre ou seja dos acontecimentos próximos da morte e ressurreição do Senhorbem como de sua Ascensão.

Assim como as mensagens apocalípticas para os perseguidos, assim a experiência de poder contemplar a “face oculta”, por assim dizer, do Senhor como uma espécie de visita ao interior do mistério divino, visava fortalecer nos discípulos a fé, preparando-os para a Páscoa e para o tempo seguinte em que o Mestre não estaria mais visível neste Terra (Ascensão).

O importante na festa de hoje é lembrado por Pedro: nós ouvimos a voz que dizia: Este é o meu Filho, o Escolhido, escutai o que ele diz. É isto, afinal, o que sempre nos é pedido em toda a Escritura, isto é, colocar-nos à escuta da Palavra. O episódio começa com Jesus subindo a montanha para ora. Os discípulos ainda não estão maduros para compreender a profundidade de sua fé. Pedro “nem sabia o que estava dizendo” maravilhado pela experiência daquele momento místico. Enquanto Jesus rezava eles, afinal, dormiam. E, vendo essa antecipação da glória daquele que vai ressuscitar e retomar a glória junto ao Pai, tiveram medo, diz o evangelista. Só mais tarde recordarão o tempo vivido em companhia do Mestre e não terão mais medo e sairão pela vida afora anunciando uma Boa notícia apresentando-se como testemunhas oculares da identidade própria do Filho do Homem. De geração em geração, seu testemunho chegou até nós. A cada um Deus concede experiências místicas interiores adequadas à nossa necessidade de aumentar a fé. A nós cabe não adormecer quando Ele nos convida a subir a montanha para a oração.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

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