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17 de ago. de 2010

Agosto(18-quarta)2010-Prof. Fernando

Agosto(18-quarta)2010 Comentário à 1ª Leitura

(20ªsemana T.Comum-15 a 21 agosto ( http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/

Ez 34,1-11 Vou libertar da boca deles as minhas ovelhas,para não mais lhes servirem de alimento.

[Evangelho Ou estás com inveja, porque estou sendo bom? Mateus 20,1-16ª ]

Os cap.33 a 37 de Ezequiel trazem oráculos sobre a restauração do povo de Israel, arrasado pelos invasores e pela deportação para a Babilônia. As profecias começam lembrando os responsáveis pelo mal e mostrando que, apesar deles, o Senhor virá como que pessoalmente reparar o que foi destruído.

Naquele tempo os reis (e outros chefes) eram considerados “Pastores” do povo. Parecendo certos políticos nas modernas democracias, os que deviam colocar-se a serviço do povo, apenas se aproveitam de sua posição para enriquecer e cuidar de seus próprios interesses. A parábola do bom Pastor que se tornará símbolo do próprio Jesus tem aqui sua inspiração: os pastores apenas tiram vantagens (lã, carne) mas não cuidam das ovelhas mais fracas nem apascentam (conduzindo para os lugares de alimentação e água) seus rebanhos, nem os protegem dos predadores. As imagens falam por si. A novidade é que o Senhor mesmo virá cuidar de suas ovelhas.

Esse contraste é acentuado na parábola do evangelho. Aqui existe o olho invejoso contra o inusitado da misericórdia divina que é capaz de dar de graça o que quiser. Os fariseus e a mentalidade corrente não entende que o mesmo salário seja dado a quem trabalhou mais e a quem foi chamado ao trabalho só durante uma hora ao final do dia. O ponto não é uma questão a ser debatida na “justiça do trabalho”... O acento da mensagem está na afirmação de que Deus é bom. Na verdade a gente nunca compreende direito isso, acostumados, no horizonte de nossa luta pelo direito e pela justiça a – quando muito – conseguirmos uma justiça distributiva e manter a sociedade nos limites da lei. Aqui, no entanto, estamos sob outra “lógica”, a do sermão da montanha. Talvez por devido a essa percepção um acréscimo posterior à parábola original inseriu a frase tirada de outro contexto (ver evangelho de ontem) “os últimos serão os primeiros e vice-versa” (verso 16-a) tendo sido acrescentado em alguns manuscritos : “muitos certamente são chamados mas poucos os escolhidos” (verso 16-b). Talvez, por outro lado, os acréscimos tenham sido feitos no contexto de debates internos da comunidade de Mateus onde havia controvérsias sobre a conversaõ de pagãos. Esse são “tardios” em comparação com os de origem judaica que há mais tempo tinham aceitado a Palavra. De qualquer modo seja a parábola, seja o apêndice provavelmente acrescentado mais tarde, nos leva novamente a meditar (em Ezequiel ou em Mateus) esse mistério do “ser bom” que, em Deus, está muito além de nossa visão estreita, legalista, moralista.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

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