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27 de jul. de 2010

OS PRIMEIROS PODERÃO SER OS ÚLTIMOS - Pe. Fernando Torres

18 DE AGOSTO

Evangelho - Mt 20,1-16ª

Uma Justiça Diferente

Nos tempos de hoje todos nós temos a tendência de nos agarrar somente ao que é nosso. São momentos no qual pelo mundo correm ventos de crises econômicas. Grandes bancos e empresas financeiras entram em crise e quebram. Não só isso. Essas quebras costumam trazer consigo desemprego, pobreza e miséria. No final,quem mais sofre são os de sempre os que têm o cinto apertado, se é que é possível ou se é que se têm ainda cinto para ser apertado.

Por isso nos preocupamos em cuidar do que é nosso. O dinheiro, o posto de trabalho, a pequena propriedade, tudo o que nos dá uma segurança material. Defendemos nossos direitos em frente a todos os que os nos parece que podem ser uma ameaça para nossa segurança. Pedimos ao Estado que nos atenda, que nos dê o que nos deve dar, o que é nosso direito. Entramos numa espécie de jogo mortal no qual o nosso principal objetivo é nos precaver para nos salvar.

Mas esse “nos” não costuma ser um “nos” que alcance toda a humanidade É um “nos” bem mais restritivo. Trata-se do grupo formado por “eu e os de meu país”, “eu e os de minha raça”, “eu e os do meu povo”, “eu e meus vizinhos”, “eu e os meus”. É um “nos” que se vai restringindo progressivamente em seu significado segundo vou vendo minha segurança ameaçada. Pedimos, exigimos, demandamos que se faça justiça e que “nos dêem” o nosso, o que nos devem. Não importa o que suceda aos que ficam fora desse “nos”. Há uma ordem de prioridades, que nos ajusta o discernimento para ver as injustiças que “nos” afetam.

“Vinde a trabalhar a minha vinha”

Mas aí vem Jesus com a parábola que nos conta hoje no Evangelho. Como sempre é uma história de aparência inocente. O proprietário da vinha é uma boa pessoa. É um homem generoso. Dá gosto encontrar-se com pessoas assim. Preocupa-se com os desempregados. Acerca-se a eles. Oferece-lhes trabalho para que saiam de sua situação de desanimo. Aos que estão atirados na praça todo o dia, aos que estão fora da vida, os levanta, os põe em pé, lhes oferece um posto na sociedade, lhes dá um meio para cuidar de sua própria vida e da dos seus. O proprietário da vinha é um bom homem. Não há dúvida.

A surpresa vem na hora de pagar aos contratados. Todos foram contratados pela mesma quantidade: um denário. Mas os contratados na primeira hora tinham feito à idéia de que aquele amo tão generoso e “justo” não podia os tratar da mesma maneira que aos que tinham chegado ao trabalho uma hora dantes de terminar a jornada, após passar o dia descansando na praça sem fazer nada. A eles, supunham, pagar-lhes-ia mais.

Mas não. Pagou-lhes o mesmo que aos outros. E se queixaram - e também nos queixamos -. “Não é direito”, “Não é justo”. Seu “nos” era muito pequeno. Referia-se mal aos que tinham sido contratados na primeira hora.

Um “nos” amplo, como o de Deus

Ainda bem que o dono da vinha era generoso para valer e que seu “nos” era o “nos” do Reino, o que abarca a todos, o que não deixa a ninguém fora. A justiça de Deus é diferente da nossa. Seus caminhos não são os nossos nem seus planos são nossos planos, como nos recorda a primeira leitura do profeta Isaías.

A justiça do dono da vinha é a justiça de Deus que vela pelo bem de todos os seus filhos e filhas, que dá oportunidades a todos, que nos ama sem condições. Por isso repreende aos que desejam um trato de privilégio, aos que pretendem ser tratados melhor que os demais. A vinha é o Reino e todos são convidados a trabalhar nela e a nos beneficiar de seus frutos.

Essa é a suprema liberdade e o imenso poder de Deus que se orienta só ao nosso bem-estar. Um “nosso” que abarca ao mundo inteiro e que nos chama sempre a fazer mais amplo o nosso “nos’. Só assim participaremos em plenitude do Reino, de seu Reino. Só assim encontraremos a verdadeira segurança, a vida plena.

Pe. Fernando Torres cmf

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

CONCLUSÃO

Nós estamos acostumados com a forma de justiça que foi estabelecida pelos homens e, por causa disso, encontramos dificuldades para compreender a justiça divina, principalmente porque os principais critérios da justiça dos homens são a diferença entre as pessoas e a troca entre os valores enquanto que os principais critérios da justiça divina são a igualdade entre as pessoas e a gratuidade dos valores. Isso nos mostra que a lógica divina é totalmente diferente da lógica dos homens e que nós vivemos reivindicado valores que, na verdade, são valores humanos e que não nos conduzem a Deus.Também nos mostra o quanto todos nós somos comprometidos com os valores humanos e deixamos de lado os valores do Reino. (CNBB)

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